Exercícios físicos e depressão: qual a relação?
A atividade física faz muito bem para a saúde, e pode ajudar em diversos campos do dia a dia, inclusive na saúde mental, quando utilizada como um complemento do tratamento principal. Assim, se você não sabe a relação entre exercícios físicos e depressão, continue a leitura!
A depressão também é conhecida como o mal do século. Cada dia que passa, mais pessoas, infelizmente, são diagnosticadas com essa doença avassaladora.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), essa doença mental atinge pelo menos 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo inteiro. No Brasil, estima-se que 5,8% da população seja afetada por esse mal.
A depressão, quando tratada corretamente, com acompanhamento profissional e remédios específicos, tem cura sim. E, além do tratamento, existem algumas atitudes complementares que os pacientes podem tomar que potencializam os resultados, como os exercícios físicos.
O que é depressão?
A depressão é uma doença psiquiátrica crônica, tendo como principal sintoma uma tristeza profunda e repentina, que pode durar dias, semanas ou até meses em casos mais graves.
Geralmente, as pessoas com depressão também possuem ansiedade, o que agrava os sintomas e que pode levar os pacientes a desenvolverem uma síndrome do pânico e até pensamentos suicidas. Se este último caso acontecer com você, ligue 188 (CVV – Centro de Valorização da Vida).
A depressão pode ter inúmeras causas, desde estresse até a perda de um ente querido, que pode desencadear os sintomas, por exemplo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os fatores psicológicos e sociais muitas vezes são consequências e não a causa dessa doença.
Existem algumas situações e casos específicos que podem disparar um gatilho e desencadear um problema mais sério. Por isso, é muito importante fazer acompanhamento psicológico com frequência para conseguir entender melhor os seus sentimentos e captar uma possível depressão mais cedo.
A depressão não é conhecida como “o mal do século” por acaso. Ela chega sorrateiramente e atinge profundamente as pessoas, com sintomas e consequências que podem ser irreversíveis em alguns casos.
Quais os sintomas da depressão?
Os sintomas da depressão podem variar para cada pessoa, dependendo da gravidade do caso e do grau da doença. Dentre os mais comuns, destacam-se:
- Tristeza;
- Alterações de humor;
- Insônia;
- Pouco apetite;
- Pensamento lento;
- Baixa produtividade;
- Baixa autoestima;
- Entre outros.
Qual a relação entre exercícios físicos e depressão?
A depressão, por ser uma doença crônica, é desencadeada por uma série de motivos. Ela gera uma reação química no cérebro, que altera o humor, aumenta o estresse e pode agravar os sentimentos de tristeza, culpa, ansiedade, entre outros.
Uma pessoa com depressão possui alterações químicas hormonais no cérebro, que atingem especialmente os neurotransmissores (serotonina, dopamina e noradrenalina), que são os hormônios que transmitem impulsos nervosos para as células.
Quando fazemos exercícios físicos, o nosso corpo libera uma série de hormônios, como a endorfina, que trazem uma sensação de bem-estar na mente.
Muito além de estética ou benefícios para o corpo, os exercícios físicos são ótimos para aumentar a disposição e a saúde mental.
Alguns estudos comprovam que fazer exercícios físicos durante o tratamento para depressão e ansiedade pode potencializar os resultados, ajudando na recuperação perene do paciente.
É importante sinalizar que a depressão é tratada com acompanhamento psicológico profissional e remédios específicos para o caso em questão. Os exercícios físicos apenas ajudam em alguns aspectos do procedimento, podendo proporcionar mais disposição para o paciente.
A ausência de endorfina no cérebro pode causar inúmeros problemas, desde mau humor até ansiedade e depressão. Isso porque este hormônio é o principal responsável pela sensação de prazer e bem-estar. A melhor forma de liberar endorfina é por meio da realização de exercícios físicos.
Por isso, a importância de fazer atividade física com frequência é enorme. Após realizar um treino ou uma série, o nosso corpo é tomado por uma sensação imediata de satisfação, por conta da alta liberação de hormônios no cérebro.
Além disso, os exercícios físicos, de acordo com estudos recentes, podem estimular o crescimento de células nervosas no hipocampo, que é a estrutura do cérebro responsável pela memória e humor. Geralmente, essa área é menor em pessoas com depressão.
Além de liberar a endorfina, a prática de exercícios físicos pode promover mais disposição para os pacientes e ajudar a assumir um objetivo diário que, muitas vezes, é um dos maiores desafios para os deprimidos.
Quais exercícios físicos fazer?
Qualquer exercício físico pode promover benefícios para o organismo do paciente. Não importa exatamente qual atividade ele escolha, mas, sim, ele conseguir ter a atitude e compromisso de começar a fazer a atividade física todos os dias.
Por isso, é preciso começar com atividades mais simples para, com o avanço do tratamento, evoluir também com os treinos.
Conheça algumas atividades físicas simples:
Caminhada
Fazer caminhada é ótimo, pois além de ser uma atividade ao ar livre, ela trabalha tanto os membros inferiores quanto os superiores. Se puder ser em um lugar com uma grande presença de natureza é ainda melhor, já que a paisagem pode acalmar os nervos.
Yoga e meditação
Yoga e meditação são duas atividades que podem ser feitas em casa e podem ser ótimas para melhorar a concentração e ajudar o paciente a se reconectar com ele mesmo. Comece com uma meditação guiada feita por exercícios simples de respiração e, aos poucos e no seu tempo, vá evoluindo para outros estilos.
Atividades cotidianas
Fazer atividades cotidianas, como uma faxina na casa, também ajuda a liberar a endorfina e pode ser ótima para o bem-estar do paciente, já que arrumar a casa passa uma sensação de tranquilidade.
Sabemos que a depressão não é fácil e todos os dias é uma nova batalha a ser traçada. Respeite o seu tempo, tenha sempre um acompanhamento profissional e lembre-se de viver um dia de cada vez.
A relação entre exercícios físicos e depressão pode ajudar muitos pacientes a terem uma melhora perene e benéfica no tratamento.
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