Síndrome do pânico: causas, sintomas e como tratar
Você já ouviu falar na síndrome do pânico? Este é um transtorno de ansiedade que atinge milhões de pessoas no mundo todo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2% a 4% da população mundial sofre com a doença.
A psicóloga Ana Luiza Lourenço Simões Camargo, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica – em um artigo publicado pelo próprio hospital – que “a síndrome se desenvolve principalmente em adultos jovens, por volta dos 25 anos; mas pessoas de qualquer idade podem apresentar o problema”.
Neste artigo, falaremos sobre o que é a síndrome, quais são suas causas, sintomas e o impacto que ela tem na vida cotidiana dos pacientes. Além disso, abordaremos sobre os tratamentos mais eficazes para gerenciar os sintomas e garantir mais qualidade de vida para quem precisa conviver com o transtorno. Vamos lá?
O que é a síndrome do pânico?
A síndrome do pânico é um transtorno caracterizado por episódios repentinos de medo e desespero. Esses ataques podem ocorrer de forma inesperada e geralmente estão associados a sintomas físicos e psicológicos intensos.
As pessoas que sofrem dessa doença vivenciam diariamente uma sensação de perigo iminente, mesmo quando não há uma ameaça real ao seu redor. Esses sentimentos podem ser muito prejudiciais à rotina, por exemplo.
Sintomas comuns
As crises dessa síndrome são caracterizadas por alguns sintomas físicos e emocionais comuns à maioria dos casos. Confira alguns dos sintomas físicos:
- Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia);
- Dor no peito;
- Falta de ar ou sensação de sufocamento;
- Tremores ou arrepios;
- Suor excessivo;
- Tontura ou vertigem;
- Sensação de formigamento nas mãos e pés;
- Náusea ou desconforto abdominal;
- Sensação de desmaio ou instabilidade.
Já os sintomas emocionais, incluem:
- Medo intenso de perder o controle e/ou enlouquecer;
- Medo de morrer;
- Sensação de irrealidade ou desconexão (despersonalização ou desrealização);
- Ansiedade antecipatória, preocupação constante em relação a futuros ataques.
Uma crise de pânico dura, em geral, cerca de 15 minutos. Crises mais longas, com duração superior a 30 minutos, podem estar associadas a outros transtornos de ansiedade.
O que causa a síndrome do pânico?
A comunidade médica ainda não conseguiu determinar exatamente o que causa a síndrome do pânico, mas existem algumas condições mais evidentes, como fatores genéticos, estresse excessivo ou traumas.
Algumas pesquisas ainda sugerem que desequilíbrios nos neurotransmissores, substâncias químicas que transmitem sinais entre as células nervosas, podem contribuir para a síndrome do pânico. Por exemplo, a diminuição da disponibilidade de serotonina, um neurotransmissor associado ao humor e à regulação do medo, tem sido relacionada ao transtorno do pânico.
Impacto no dia a dia
Como já comentamos anteriormente, as pessoas com síndrome do pânico podem ter seu dia a dia afetado de diversas formas. Imagine só você evitar ir a um lugar com medo que ele te cause uma crise? Pois é! Esse pensamento leva até mesmo à restrição de atividades sociais consideradas “comuns”, como sair com familiares/amigos, ir a eventos públicos ou viajar.
A concentração e o desempenho no trabalho ou nos estudos podem ser prejudicados devido à ansiedade constante e à preocupação em ter um ataque de pânico nestes momentos. Difícil, não é mesmo? Esse sentimento dificulta até mesmo a estabilidade de um emprego ou do ritmo acadêmico.
Além disso, lidar com a ansiedade constante e os seus sintomas pode ser emocional e fisicamente exaustivo. A fadiga crônica e a diminuição dos níveis de energia podem fazer com que mesmo as tarefas mais simples da sua rotina sejam desafiadoras.
Diagnóstico da síndrome do pânico
O diagnóstico da síndrome do pânico é realizado por profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras. São eles que avaliam os sintomas relatados pelo paciente, além de seu histórico médico e emocional, para confirmar o transtorno.
Geralmente, o diagnóstico começa na avaliação clínica, em que profissional e paciente têm uma conversa aberta sobre os sintomas que estão ocorrendo. A partir disso, são avaliados a frequência e a gravidade das crises, bem como quaisquer outros sintomas associados ao transtorno.
Você sabia que outras doenças podem ter sintomas parecidos? Por isso, é super importante descartar outras condições médicas que sejam parecidas. Um exame médico completo pode garantir que os sintomas não sejam causados por outras doenças.
Lembramos que o diagnóstico da síndrome do pânico é baseado nos critérios estabelecidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Este guia é amplamente aceito para diagnóstico de transtornos mentais.
Prevenção, tratamento e alívio dos sintomas
É claro que, para quem sofre da doença, o desejo é o de nunca manifestar crises. No entanto, embora não seja possível prevenir totalmente a síndrome do pânico, existem algumas medidas que podem ajudar a reduzir a frequência e a intensidade dos sintomas.
Não se esqueça que a ajuda profissional é fundamental para definir o tratamento adequado para cada caso, certo?
Nós separamos algumas práticas que auxiliam os pacientes a ter mais controle sobre o transtorno. Continue lendo para saber mais!
Respeite sua rotina
Sabe aquela sensação de que está tudo planejado sob controle? Isso é muito importante! Manter uma rotina diária sólida pode ajudar a reduzir a ansiedade, já que oferece a sensação de previsibilidade sobre as atividades do dia a dia.
Faça exercícios físicos
É cientificamente comprovado: a atividade física regular é associada à redução dos sintomas de ansiedade – e até mesmo outros transtornos de ordem mental. A liberação de endorfinas, substâncias químicas que ajudam a melhorar o humor e reduzir o estresse, elevam o humor, promovem relaxamento muscular e melhoram o sono!
Isso quer dizer que os benefícios vão muito além apenas do momento do treino. Que tal experimentar?
Priorize seu sono
Já que acabamos de falar de sono, é bom lembrar que uma rotina de sono adequada regula os processos biológicos, estabilizando o humor e a função cerebral, sabia disso?
O sono adequado reduz a sensibilidade à ansiedade e, além disso, o descanso consistente ainda promove equilíbrio hormonal, impactando positivamente sua saúde mental. Se você tem dificuldades para dormir, fale com seu psicólogo ou médico.
Faça terapia
A terapia tem um papel fundamental no tratamento da síndrome do pânico, já que o profissional que irá te acompanhar pode oferecer ferramentas essenciais para entender, enfrentar e superar os sintomas, de forma individual.
A abordagem da terapia cognitivo comportamental (TCC), por exemplo, ajuda a reformular esses padrões, permitindo que os pacientes adquiram habilidades para lidar com o medo e a ansiedade de forma mais eficaz.
O programa Total Mind da TotalPass traz milhares de psicólogos de todo o Brasil em uma plataforma on-line – a Psicologia Viva. Assim, você pode fazer terapia de qualquer lugar pagando apenas a mensalidade do plano escolhido no benefício.
Meditação e relaxamento
Além da terapia, técnicas de meditação e relaxamento podem te ajudar a controlar os sintomas da síndrome do pânico. Isso você também encontra na TotalPass: o Zen App é um dos nossos parceiros, com mais de 400 áudios de meditação guiada para usar quando quiser de acordo com a sua necessidade.
Por mais que seja difícil conviver com a síndrome do pânico, é fundamental procurar ajuda profissional e mudar seus hábitos para conquistar autonomia e qualidade de vida. Conte para nós quais medidas você adota na sua rotina e como isso te ajuda!