Síndrome de Cotard: o que é, suas causas e como tratar
Muito se fala sobre cuidados com a saúde mental e, entre tantos temas abordados, destacam-se depressão, ansiedade, transtorno bipolar, crises de pânico, entre outros. Contudo, existem condições neuropsiquiátricas consideradas raras, que, embora pouco abordadas, precisam ser comentadas, como a Síndrome de Cotard. Já ouviu falar?

Para entender melhor sobre ela, responderemos às seguintes dúvidas ao longo deste artigo:
- O que é Síndrome de Cotard?
- Quais são as causas da Síndrome de Cotard?
- Quais são os sintomas da Síndrome de Cotard?
- Como tratar a Síndrome de Cotard?
O que é Síndrome de Cotard?
A Síndrome de Cotard, também conhecida como Síndrome do Cadáver Ambulante, é um transtorno psicológico que afeta significativamente a qualidade de vida da pessoa que passa pela condição, uma vez que, ao tê-la, acredita estar morta.
Mas, afinal, o que isso significa na prática? Para a pessoa que possui esse distúrbio, ela acredita que, diferente das outras pessoas ao seu redor, sejam amigos ou familiares, ela está morta. Ao mesmo tempo, começa a ter certos delírios sobre sua existência e, em alguns casos, acredita estar se vendo como um cadáver.
Além disso, tratando-se de um delírio, algumas características de um cadáver podem ser percebidas pela pessoa que sofre com o transtorno, como, por exemplo, inchaço do corpo, odor forte, órgãos em decomposição, ausência de pele ou até mesmo esqueletização.
Quais são as causas da Síndrome de Cotard?

Algumas pessoas podem se perguntar: “Por que falar sobre a Síndrome de Cotard, considerando que é uma condição rara?”. A verdade é que, antes de seu surgimento, outros distúrbios podem estar atrelados a ela e, quanto antes forem tratados, menores são as chances de que se desenvolva, assim como qualquer outra condição neuropsiquiátrica.
Em relação à Síndrome de Cotard, uma das possíveis causas está associada a episódios de psicose, ou seja, quando a pessoa perde a noção de si mesma ou da realidade ao seu redor. Quando isso acontece, ela passa a ter delírios, alucinações, falas desorganizadas e, inclusive, movimentos corporais incomuns.
Outros distúrbios psiquiátricos, quando não tratados corretamente, podem desencadear essa condição, como depressão, transtorno bipolar ou esquizofrenia. A causa também pode estar relacionada ao isolamento social extremo, assim como a outras situações, como traumas, lesões neurológicas e alterações neuroquímicas.
É importante reforçar que, tratando-se de uma condição rara, não significa que uma pessoa venha a tê-la só por ter alguns dos distúrbios ou problemas mencionados anteriormente. Além disso, ela é uma combinação de vários fatores.
Quais são os sintomas da Síndrome de Cotard?
Sabia que conhecer os sintomas é muito importante, pois eles ajudam no diagnóstico correto?
Entre os sintomas mais comuns, o principal é a melancolia ansiosa, que ocorre quando a pessoa passa a se sentir triste constantemente, fazendo com que perca a vontade de realizar suas tarefas do dia a dia, como sair para trabalhar, ir à academia e até mesmo ver seus amigos e familiares.
Outro sintoma é a auto-inanição, fazendo com que pare de se alimentar e, ao mesmo tempo, perca peso. Além disso, deixa de lado alguns hábitos de higiene, como escovar os dentes, tomar banho, manter as unhas cuidadas, entre outros.
Como tratar a Síndrome de Cotard?

O tratamento pode variar de um paciente para o outro. Isso porque, como comentamos no decorrer deste artigo, as causas variam muito e, para que o tratamento seja feito corretamente, é preciso entender o que desencadeou a Síndrome de Cotard.
Portanto, o mais indicado é procurar um médico psiquiatra. Após analisar o caso isoladamente, é possível incluir medicamentos, como antipsicóticos e antidepressivos. Além disso, sessões de psicoterapia cognitivo-comportamental podem ser incluídas para ajudar em casos de depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, entre outros transtornos.
Atenção: o cuidado com a saúde mental e emocional deve começar o quanto antes, principalmente quando não há qualquer tipo de transtorno. E, caso haja, não hesite em procurar ajuda médica e acionar sua rede de apoio.