Síndrome de Burnout: o que é e como evitar?
Sabia que a Síndrome de Burnout atinge 30% dos profissionais brasileiros? Considerada um dos grandes males do século 21, é uma doença que não tem dia e nem hora para chegar. Quando não tratada, pode levar a uma série de problemas mais sérios à saúde física e mental, como depressão e ansiedade.
O esgotamento profissional pode atingir qualquer pessoa, independente do cargo numa empresa, desde CEO até estagiário. Para te ajudar a entender melhor sobre o assunto, nós abordaremos os seguintes tópicos:
- O que é Síndrome de Burnout?
- O que os dados falam sobre o Burnout?
- Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?
- 6 dicas para prevenir a Síndrome de Burnout.
Quer saber mais sobre a Síndrome de Burnout e quais os sinais que ela apresenta? Continue a leitura!
O que é Síndrome de Burnout?
Antes de respondermos sobre o que é a Síndrome de Burnout, nós queremos saber uma coisa: no que diz respeito às tarefas do trabalho, você se sente sobrecarregado? As demandas são maiores do que normalmente deveriam ser?
Caso a resposta tenha sido positiva para qualquer uma das perguntas, saiba que, com o passar do tempo, caso isso não seja ajustado à rotina, você poderá desenvolver o Burnout. Vale lembrar que ter dias corridos é normal, mas a empresa deve criar estratégias para facilitar o trabalho. Caso contrário, o cansaço físico e mental surgirá.
Sendo assim, a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio emocional causado pelo desgaste físico e mental, decorrente de um ambiente profissional inflexível. Sua principal causa é o excesso de trabalho, que conta com altas cargas horárias, metas abusivas, rotina agitada e com pouco tempo para momentos de lazer.
A seguir, selecionamos uma lista com algumas outras causas que podem levar a Síndrome de Burnout:
- Baixa remuneração;
- Excesso de turnos;
- Assédio moral e sexual;
- Falta de reconhecimento;
- Insegurança psicológica;
- Relações tóxicas, com colegas de trabalhos e cargos de liderança;
- Entre outras causas.
O problema é que muitas pessoas não reconhecem que podem estar com Burnout em um primeiro momento. Culturalmente, somos ensinados que precisamos priorizar o trabalho acima de tudo, dando a entender que estresses a longo prazo são normais e “fazem parte”.
Por isso, muitos profissionais confundem a doença apenas com cansaço e ignoram os sintomas, podendo ser tarde demais, uma vez que o distúrbio pode evoluir para problemas mais sérios de saúde, também conhecidos como transtornos mentais, sendo o estresse, a ansiedade, a depressão ou até mesmo uma condição física mais grave.
O que os dados falam sobre o Burnout?
Em janeiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar o Burnout como uma doença ocupacional, caracterizada na lista da 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11).
Segundo dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), divulgados pelo Jornal da USP (Universidade de São Paulo), cerca de 30% dos brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout.
Além disso, estudo divulgado pela Universidade Federal Fluminense, realizado pelo International Stress Management Association (ISMA-BR), mostrou que o Brasil ocupa a segunda posição do país com mais problemas de Síndrome de Burnout no ranking de 2021, perdendo a primeira posição pelo Japão, ambos pela maneira como as condições de trabalho são oferecidas aos trabalhadores.
O relatório realizado pelo The State of Workplace Burnout 2023, da Infinite Potential, mostrou que houve um crescimento nos últimos anos em relação à Síndrome de Burnout: 2020 (29,6%), 2021 (34,7%) e 2022 (38,1%). Além disso, cargos iniciantes e de gestão e liderança estão entre os que mais desenvolvem o problema.
Ou seja, não importa a idade, a profissão ou o nível de senioridade, o Burnout pode afetar qualquer um a qualquer momento.
Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?
Tratando-se de um distúrbio emocional, o Burnout pode se mostrar quase invisível ou pode ser facilmente confundido com outros problemas do dia a dia. Por isso, identificá-los é muito importante na hora de procurar ajuda. Dentre os principais, destacam-se:
- Fadiga;
- Ansiedade;
- Dor de cabeça;
- Falta de apetite;
- Baixa autoestima;
- Distúrbios de sono;
- Isolamento externo;
- Lapsos de memória;
- Cansaço constante;
- Dificuldade de concentração;
- Mudanças bruscas de humor;
- Dores musculares e de cabeça;
- Falta de vontade de fazer atividades simples.
Ao menor sinal de qualquer um desses sintomas, comece a prestar atenção nos sintomas que o seu corpo dá. Lembre-se que não é normal viver sob pressão, ter horários de trabalho abusivos e se sentir infeliz no ambiente profissional.
6 dicas para prevenir a Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout não se combate sozinha. Antes de darmos as dicas, vale lembrar a importância de ter uma rede de apoio, tanto fora quanto dentro do ambiente de trabalho, que enxergue o problema e te ajude a se curar, aos poucos, dessa doença.
Combater o Burnout pode parecer desafiador, principalmente para quem sofre do problema, né? No entanto, existem algumas atitudes que influenciam na sua saúde que podem ajudar a combater o Burnout, como:
1 – Estabeleça limites
O trabalho não deve ser a sua vida. Saiba separar a hora de ser produtivo no âmbito profissional e a hora de cuidar de você mesmo. Se não der para entregar aquela demanda que surgiu de última hora, seja sincero. Ou, se você estiver se sentindo infeliz e sobrecarregado, converse com um psicólogo ou com os profissionais de RH da sua empresa.
Aprender a dizer “não” e estabelecer limites para não ficar sobrecarregado é essencial para uma vida mais saudável e equilibrada. Priorize sempre o que faz bem para você como indivíduo e saiba separar o profissional do pessoal.
2 – Busque mudanças no estilo de vida
É importante lembrar de incluir hábitos mais saudáveis para combater os sintomas da Síndrome de Burnout, sabia? Isso porque o segredo está em praticar o autocuidado em todos os momentos da vida, desligando-se um pouco do trabalho ou de qualquer atividade relacionada para relaxar.
Por isso, inclua hábitos alimentares mais saudáveis, atividades físicas regulares, tenha boas noites de sono, evite o consumo de bebida alcoólica e, sobretudo, busque fazer mais por você e esteja ao lado das pessoas que tanto ama, como amigos e familiares.
3 – Faça pausas
É impossível ser produtivo o tempo todo. Afinal, nós somos seres humanos, não máquinas e, por isso, precisamos de pequenas pausas para conseguir descansar, clarear a mente, tomar água, fazer um alongamento… Essa atitude pode ajudar muito em um impasse e, com certeza, você voltará muito melhor.
4 – Valorize seu trabalho
Tenha noção do profissional que você é. Além do Burnout, a síndrome do impostor também é um grande problema que, quando não tratado, pode se tornar uma doença grave. Por isso, saiba valorizar o seu trabalho e pratique a autoconfiança. Se você está nessa posição, é porque a equipe confia em você para realizar as tarefas e entregar tudo dentro do esperado.
6 – Lembre-se de descansar
Conciliar a vida profissional e pessoal é muito importante. Por isso, não deixe de dormir por conta do seu trabalho e evite dar poder para que os problemas profissionais não saiam da sua cabeça. Dar um descanso para seu corpo e mente é essencial para uma rotina mais equilibrada e um passo importantíssimo para que o Burnout não te atinja, além de promover uma qualidade de vida muito melhor.
A Síndrome de Burnout não é brincadeira. Cada vez mais pessoas se encontram presas nessa condição que pode ser prejudicial ao bem-estar e à qualidade de vida.
Caso esteja passando por algum problema na sua empresa, procure o setor responsável para conversar e, em casos de sintomas do distúrbio, procure ajuda médica, seja um psicólogo ou psiquiatra, combinado? Cuide-se em prol da saúde mental!