Misofonia: o que é e os seus sintomas
Sabia que alguns indivíduos sofrem com a exposição aos sons? Embora seja um termo desconhecido por muita gente, a misofonia é uma síndrome que acomete muitas pessoas no mundo todo, causando sérios desconfortos, sendo prejudiciais à qualidade de vida.
Entender porque isso acontece é muito importante para identificar o problema e, consequentemente, procurar o melhor tratamento. Pensando nisso, para te ajudar a conhecer melhor sobre a misofonia, nós responderemos os seguintes tópicos ao longo deste artigo:
- O que é misofonia?
- Quais são os sintomas da misofonia?
- Como saber se tenho misofonia?
- Como tratar a misofonia?
Ficou curioso(a) para saber mais sobre o assunto? Continue com a gente para não perder nada e se manter informado(a)!
O que é misofonia?
Se você usa o TikTok com frequência, já deve ter visto algum comentário dizendo: “minha misofonia gritou”. Mas o que significa isso?
A misofonia, também conhecida como a Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons, é um problema que só foi reconhecido cientificamente por volta dos anos 2000, embora seja uma condição de saúde que já vem acontecendo há muitos anos. Geralmente, ela está relacionada aos sons, principalmente os ruídos que acontecem de forma repetitiva, causando incômodos.
Para quem vê de fora, este problema pode parecer apenas um barulho chato, sendo que, na verdade, para a pessoa que convive com a misofonia o incômodo é muita grande, prejudicando nas tarefas da própria rotina, seja em casa, no ambiente de trabalho ou no momento de lazer com outras pessoas.
Quer exemplo prático de misofonia? Vamos supor que você ou alguém que mora na sua casa usou a torneira da cozinha. Em seguida, após usá-la, não a fechou por completo e ela se encontrou pingando, fazendo ploft-ploft. Este som, mesmo que fraco, causa desconforto pela quantidade de vezes que se repete naquele momento.
O mesmo vale para outros barulhos. A seguir, nós selecionamos alguns exemplos:
- Roncos;
- Tic-tac do relógio;
- Chuveiro pingando;
- Respiração barulhenta;
- Uso do teclado do computador;
- Latidos, miados ou sons de animais no geral;
- E muito mais!
Portanto, qualquer som repetitivo pode despertar a misofonia da pessoa que possui essa condição.
Quais são os sintomas da misofonia?
No primeiro momento, o sintoma mais comum é desconcentração, uma vez que aquele barulho, por menor que seja, desprende a atenção. Em seguida, começa a causar irritação e, em alguns outros casos, pânico. No entanto, existem outros sintomas que estão atrelados à misofonia, confira-os:
- Fúria;
- Medo;
- Estresse;
- Ansiedade;
- Inquietação;
- Sentimento de raiva;
- Vontade de ir para um lugar mais tranquilo;
- Entre outros!
Por outro lado, em caso de sintomas mais intensos, é possível que a pessoa sinta palpitações, sudorese, dores de cabeça, entre outros tipos de mal-estar.
No que diz respeito à vida social, considerando os incômodos causados pelos ruídos repetitivos, o paciente deixa de fazer atividades que gosta na rotina, como ir ao parque ou se exercitar regularmente, além de se distanciar de amigos e/ou familiares, justamente para se livrar dos desconfortos causados no sistema auditivo por determinados sons.
Outro ponto importante: conforme explicamos, a misofonia está relacionada à repetição daquele ruído, portanto, quanto ao volume daquele barulho, é importante entender que isso não interfere no problema, combinado? Para as pessoas que possuem sensibilidade a intensidade ou altura do som, pode ser que sofram de hiperacusia.
Por isso, é extremamente importante entender qual é o problema e, a partir disso, ir atrás do melhor tratamento para viver com qualidade.
Como saber se tenho misofonia?
Sabendo do que se trata a misofonia, você deve estar pensando: será que eu tenho esta condição? A resposta é: depende! Depende porque, às vezes, o barulho pode ser um simples incômodo e não exatamente a Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons.
Sendo assim, caso ocorra algum tipo de desconfiança em relação à síndrome, é importante procurar um profissional da área da saúde para um diagnóstico correto. Entre tantos profissionais, tanto o fonoaudiólogo quanto o otorrinolaringologista podem ajudar a identificar o problema.
Na dúvida de qual profissional escolher, o otorrinolaringologista é o mais indicado, isso porque ele conseguirá identificar com mais precisão quais são os sons que causam esse gatilho, oferecendo o melhor tratamento.
Como tratar a misofonia?
O tratamento para a misofonia, assim como qualquer outro tratamento médico, requer diagnóstico. Após entender qual é a gravidade da condição do paciente, é possível entrar com tratamentos personalizados e, sobretudo, que se encaixem na rotina.
Em alguns casos, por exemplo, é necessário entrar com tratamento psicológico e psiquiátrico. O mais comum é a Terapia Cognitivo-Comportamental, uma vez que avalia diversas situações da vida do paciente para entender os motivos que causam tal gatilho.
Outra opção bastante usada é a terapia de som, já ouviu falar? Em relação ao tratamento da misofonia, ela consiste em combinar diversos sons, permitindo que o paciente tenha uma reação positiva ao barulho que está sendo escutado.
A ideia é fazer com que a pessoa se acostume com o barulho que está ouvindo e, caso um dia isso ocorra na rotina, independente do cenário que esteja inserida, a síndrome não virá à tona.
Muitos outros tratamentos podem ser colocados em prática na rotina do paciente com misofonia. Por isso, é importante procurar ajuda, ser diagnosticado e seguir o procedimento mais adequado.
Agora que já sabe o que é misofonia, quais são os sintomas e quem procurar para um diagnóstico assertivo, nós selecionamos algumas dicas que podem ser colocadas no dia a dia para minimizar os impactos do problema. Confira a lista que separamos:
- Use protetores auditivos;
- Frequente lugares livres de ruído;
- Peça para outra pessoa parar de fazer o barulho, caso seja a fonte do ruído;
- Coloque outro som por cima daquele que está te incomodando, disfarçando o barulho que incomoda.
Não sofre de misofonia? Sem problemas! Compartilhe este conteúdo em suas redes sociais ou com aquele amigo ou familiar que sofre desta condição.