Desidratação: o que é e quais os sintomas?
Você conhece alguém que não consegue sair de casa sem a sua garrafinha de água? Contudo, para algumas pessoas a hidratação regular pode ser uma missão (quase) impossível. Este líquido é responsável por evitar inúmeras complicações em relação à saúde, como, por exemplo, a desidratação.
A seguir, confira quais assuntos vamos abordar ao longo deste artigo:
- O que é desidratação;
- Existe mais de um tipo de desidratação;
- Quais são os sintomas;
- Por que é importante se hidratar.
O que é desidratação?
A desidratação, conhecida também por muitas pessoas pela falta de líquido no organismo, pode ser caracterizada quando o corpo começa a usar demais e/ou perder água.
Segundo o médico Erick Motta, formado em medicina pela Universidade do estado do Amazonas e residente em anestesiologia pelo hospital municipal do Campo Limpo, a desidratação pode ser representada não só pela perda de líquidos, mas também em relação à eliminação de eletrólitos (minerais responsáveis por regular as funções orgânicas do corpo).
Com isso em mente, o nosso organismo pode sofrer alguns problemas para manter o bom funcionamento, como a absorção de oxigênio, utilização dos nutrientes e/ou em relação à proteção de todos os órgãos. Desse modo, é importante manter a hidratação em dia para o equilíbrio do nosso corpo.
Existe mais de um tipo de desidratação?
A desidratação pode ser caracterizada por diferentes desequilíbrios, seja pela falta de água quanto pela perda de eletrólitos, entre outras causas. Pensando nisso, podemos dividi-la em três tipos, sendo: isotônica, hipertônica e, por último, hipotônica.
1 – Desidratação isotônica
O médico explica que a desidratação isotônica é a mais comum entre as pessoas, principalmente pelas crianças. “Ela acontece quando o paciente acaba perdendo tanto líquido quanto os eletrólitos, com sintomas de diarreia e vômitos — características do quadro inicial, podendo evoluir para outros”.
2 – Desidratação hipertônica
A desidratação hipertônica é o segundo tipo mais comum, isso porque a quantidade perdida de líquido é maior que a dos minerais, de acordo com o médico. Além disso, esse quadro é mais comum entre as pessoas com diabetes e também pode surgir nas crianças — representando até 20% dos casos —, sendo a diarreia um dos principais sintomas.
Além da diarreia, a desidratação hipertônica pode ter outros sintomas, como febre duradoura, sudorese intensa, baixa disponibilidade de líquido no organismo e, por último, hiperglicemia (quando os níveis de açúcar estão muito presentes no sangue de uma pessoa).
3 – Desidratação hipotônica
A terceira e última desidratação mais comum é a hipotônica, bastante presente em adultos e idosos. “Ela é caracterizada pela perda de eletrólitos ao invés dos líquidos, resultando em sintomas mais intensos de vômitos e diarreias”, explica o médico.
Neste quadro clínico, alguns problemas podem desencadear esse tipo de desidratação, como, por exemplo, a má ingestão de alimentos com nutrientes, o consumo excessivo de diuréticos sem a reposição necessária de eletrólitos, entre outros fatores.
Por isso, é importante procurar ajuda médica para entender melhor sobre os três tipos explicados e, a partir disso, seguir as recomendações necessárias para o tratamento.
Quais são os sintomas?
Como mencionamos anteriormente, a desidratação pode ser classificada por três tipos e podem sofrer variações conforme a faixa etária. No entanto, será que é possível identificar essa doença por meio dos sintomas? Quais são os mais comuns? A seguir, confira os sinais iniciais:
- Boca e pele secas;
- Olhos mais fundos;
- Ausência de lágrimas;
- Pouco suor, principalmente durante a noite;
- Dores de cabeça e mal-estar;
- Moleira afundada nos recém-nascidos e/ou bebês;
- Redução na elasticidade da pele.
“No entanto, dependendo do grau e da persistência do quadro, a desidratação pode evoluir para sintomas mais fortes, como a piora das sensações mencionadas anteriormente”, comenta o profissional.
Além disso, o médico ressalta: “quando a desidratação não é corrigida corretamente ou no tempo certo, ela pode ter um desfecho muito grave, com possível evolução ao coma e, em alguns casos, levar uma pessoa a óbito”.
Por isso, para que essa situação não aconteça, é importante recorrer sempre a ajuda de um profissional da área da saúde para que o quadro de desidratação não evolua.
Por que é importante se hidratar?
Não só na estação mais quente do ano (verão), mas em todas as outras, a água é um elemento fundamental na vida de todos os seres vivos, bem como daqueles que vivem uma rotina agitada e/ou praticam exercícios físicos, como academia.
A quantidade do consumo de líquido pode variar de pessoa para pessoa, considerando as atividades do dia a dia, idade, gênero, temperatura do ambiente, entre outros aspectos. Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é indicado que seja ingerido, pelo menos, dois litros de água (potável) diariamente pelas pessoas adultas.
Por isso, não só beber água, como também é importante adotar uma vida mais saudável para evitar a desidratação. Motta explica que um dos principais erros das pessoas é praticar atividades físicas em ambientes fechados, onde a temperatura pode estar elevada, contribuindo para o desenvolvimento do quadro.
Além dessa dica, ele diz que o consumo de água e a alimentação saudável correta são extremamente importantes em todas as fases da vida, principalmente para aqueles que se exercitam diariamente e tem uma rotina bastante agitada.
“Ande sempre com uma garrafinha de água do lado e alimente-se corretamente, como, por exemplo, tenha sempre fruta por perto, pois ela contém bastante líquido e eletrólitos”, finaliza o médico.
Lembre-se: ao sentir algum dos sintomas mencionados ao longo do texto, procure a ajuda de um profissional da área da saúde. Por último, não deixe de beber 2 litros de água por dia, combinado? A hidratação em combinação com uma vida saudável é o melhor caminho para combater a desidratação.