Saúde digestiva: o que é e como mantê-la

A saúde digestiva é fundamental para o bem-estar e o funcionamento adequado de todo nosso corpo. Sendo assim, você sabia que o intestino é conhecido como nosso segundo cérebro por causa das milhões de terminações nervosas? 

Ele é responsável por absorver nutrientes, eliminar resíduos e manter o equilíbrio de bactérias benéficas para o organismo, resultando na boa aparência da pele e, consequentemente, na boa saúde mental e digestiva. Ou seja, cuidar do seu intestino é cuidar de sua saúde como um todo, além de prevenir distúrbios desconfortáveis como a Síndrome do Intestino Irritável (SII) ou até mesmo a Fibromialgia. 

Contudo, ainda há muitas pessoas que não conhecem a importância desse órgão e o subestimam, não cuidando de seu funcionamento. Muitos fatores podem prejudicar a saúde intestinal, levando a problemas como diarreia, constipação, refluxo, síndrome do intestino irritável e até doenças mais graves, como câncer de cólon. 

Atualmente, o número de pessoas com problemas intestinais cresce no mundo, atingindo atualmente 10% da população mundial. E ainda vale ressaltar que, dessas pessoas, sua maioria ao invés de procurar a ajuda de um médico, que tenha empatia para atender pacientes, acaba se automedicando, somente piorando o seu quadro clínico.

Como funciona a saúde digestiva?

Antes de vermos como cuidar do nosso intestino, é preciso entender mais sobre as suas funções e como funciona essa parte tão importante do nosso organismo. 

Existe um termo muito importante chamado de Microbiota, ou ainda flora intestinal, que representa todo ambiente onde tenha a proliferação de vírus, bactérias e outros microorganismos. Mas por que então é tão importante? 

Isso se deve ao fato de que a microbiota intestinal tem vários papéis fundamentais para o corpo, como a participação na produção de algumas enzimas e vitaminas, a absorção de nutrientes, o estímulo ao sistema imunológico, o controle da fome e da saciedade e muito mais!

E cada uma dessas funções do organismo é vital para seu bom funcionamento… Por exemplo, a falta de algumas vitaminas podem gerar graves consequências, como câncer, alzheimer, doenças cardiovasculares, dificuldade no emagrecimento e muito mais!

Portanto, sabendo da relevância da microbiota para o trato intestinal, é preciso aprender a deixá-la regulada, afinal, é assim que cuidamos e mantemos nossa saúde digestiva.

Cuidando da saúde intestinal

Para cuidar da saúde digestiva, é importante seguir uma alimentação equilibrada, rica em fibras alimentares, proteínas e gorduras saudáveis, encontradas em cereais, frutas, verduras, legumes, carnes e todos os alimentos naturais. 

Em relação aos alimentos que são processados/ultraprocessados, gordurosos, açucarados ou enlatados, eles precisam ser evitados ou consumidos com moderação. Além disso, é importante beber muita água, ou seja, no mínimo 2 litros por dia, mantendo-se hidratado. E também fazer refeições com horários regulares.

O estresse também pode afetar a digestão, já que libera hormônios que interferem na motilidade intestinal (é quando o intestino executa movimentos autônomos, como, por exemplo, expelir o bolo fecal do organismo). Sendo assim, é importante incluir a prática de relaxamento, como yoga e meditação (ou ainda outro hobby de seu interesse), visto que pode ajudar a controlar o estresse e a manter a saúde digestiva.

A atividade física também é importante, pois ajuda a manter o trato intestinal funcionando corretamente. Caminhar, correr, nadar ou dançar, por exemplo, são excelentes opções de modalidades para quem deseja estimular a digestão.

Além disso, é importante mudar alguns hábitos, como não comer rápido demais, mastigar bem os alimentos e não deitar após as refeições, pois ajudam a prevenir problemas digestivos.

Em caso de sintomas persistentes ou intensos, é importante procurar um médico que não foque no faturamento de convênios para avaliar a situação e prescrever o tratamento adequado. A prevenção e o cuidado com a saúde digestiva são essenciais para uma vida saudável e equilibrada.

Escrito por Ellen Parra, estudante de Psicologia.