Funil de recrutamento: o que é e como fazer
Se você já ouviu falar no funil de vendas em marketing, sabe que ele mapeia o caminho do lead desde o primeiro contato até o fechamento da compra. Agora imagine aplicar essa lógica ao recrutamento: o funil de recrutamento faz exatamente isso, acompanhando o candidato em cada etapa do processo seletivo.
Essa abordagem estratégica permite ao RH identificar, atrair e selecionar talentos com mais clareza e eficiência, garantindo que cada etapa esteja alinhada ao objetivo final — encontrar a pessoa ideal para a vaga certa.
O funil de recrutamento e seleção é uma poderosa ferramenta estratégica que transforma o processo de contratação, tornando-o mais ágil, eficiente e assertivo.
Ele é essencial para os profissionais de RH, pois otimiza a busca pelos talentos certos, contribuindo diretamente para o sucesso e a competitividade da empresa.
Saiba tudo sobre o funil de recrutamento e por que ele é tão importante para seu trabalho:
- O que é funil de recrutamento?
- Como funciona um funil de recrutamento?
- Como criar um funil de recrutamento?
- Como gerir um funil de recrutamento eficiente
O que é funil de recrutamento?
O funil de recrutamento, também chamado de funil de seleção, é uma representação gráfica das etapas do processo seletivo que consegue identificar os melhores candidatos para a sua empresa, ou seja, aqueles com o maior fit cultural.
Cada etapa do funil possibilita avaliar a base de candidatos, acompanhar o desempenho em cada etapa e, finalmente, gerenciar os talentos de forma eficiente, garantindo maior clareza para atingir o resultado esperado. Por isso é uma das mais importantes estratégias de employer branding da atualidade.
Por meio dessa metodologia é possível, por exemplo:
- Saber com precisão o número de candidatos em cada parte do processo de recrutamento;
- Analisar qual etapa é responsável pelo maior número de aprovações ou reprovações;
- Detectar as fases que causam as maiores desistências dos participantes.
E tudo isso é só o começo! Como já explicamos, o funil de recrutamento enxerga cada integrante com uma visão bastante similar ao funil de vendas: aqui o consumidor passa a ser o candidato e o trabalho na empresa, o produto.
Além disso, assim como no mercado, o RH (no caso você e sua equipe), precisa adotar um planejamento para os processos de atração e seleção, adotando assim possibilidades de melhoria na própria estratégia.
Como funciona um funil de recrutamento?
Agora, para entender melhor o funcionamento do funil, aqui vai um exemplo prático: aquele funil de cozinha que todo mundo tem e que você provavelmente usa para coar o café. Você concorda que a parte superior, aqui chamada topo, é bem maior que a de baixo, chamada fundo do funil?
Isso acontece com a lógica de que o topo do funil reúne a maioria dos candidatos, e tem as maiores chances de ter um talento ideal – que só precisa ser encontrado.
No entanto, como você já sabe, quantidade não é tudo. Por isso, para tornar o funil mais assertivo, é preciso adotar algumas estratégias como o mapeamento de funções, onde o RH identifica as competências técnicas e habilidades necessárias para o cargo. A partir daí, apostar em ferramentas e divulgar as vagas nos canais de divulgação, podem atingir um público mais qualificado.
Assim, o processo seletivo também pode ser uma ótima oportunidade de mostrar a cultura da empresa e saber quantas pessoas compartilham das mesmas visões e propósitos.
Conforme cada candidato é avaliado nas etapas do funil, o número diminui, mas a qualidade aumenta. No final, há grandes chances de a contratação ser bem-sucedida e duradoura.
Como criar um funil de recrutamento?
O funil de recrutamento divide-se em etapas organizadas. Saiba mais sobre cada uma a seguir, para criar o seu:
1- Topo do funil: atração e triagem
O principal objetivo dessa etapa para a empresa é atrair inúmeros candidatos qualificados. E, para isso, as atividades mais importantes são:
- Divulgação de vagas;
- Triagem de currículos;
- Apresentação da Proposta de Valor ao Empregado (EVP), destacando cultura, missão e benefícios, como a TotalPass.
Aqui, você deve ter em mente como fazer com que a empresa em que você trabalha seja única e desperte desejo de trabalhar por parte do candidato.
2- Meio do funil: avaliações e entrevistas
No meio do funil, como consequência, o número de concorrentes para a vaga diminui, porém, a análise fica mais qualificada. Isso significa que vão se tornando essenciais etapas como:
- Testes técnicos para avaliar habilidades específicas;
- Avaliação de perfil comportamental, para medir o fit cultural;
- Entrevistas e dinâmicas de grupo para conhecer habilidades e pretensões do candidato.
Nessa fase, flexibilidade é fundamental: aposte em entrevistas remotas e avaliações personalizadas para tornar o processo mais eficiente e atraente para quem se dispõe a fazê-lo.
3- Fundo do funil: decisão e contratação
No final do funil de recrutamento, é possível escolher um colaborador muito mais alinhado com as necessidades do cargo e com os valores da empresa. Assim, como as fases anteriores já estavam bem estruturadas, o RH e os gestores terão mais confiança e facilidade para tomar a decisão.
Por fim, a empresa realiza a proposta de emprego e, com o processo bem conduzido, as chances de aceite aumentam bastante e, junto com elas, aquele momento de alegria em que você comunica que o futuro colaborador agora faz parte da equipe.
A assinatura do contrato, ainda seguindo aquelas dicas de flexibilidade, pode ser feita remotamente, mediante plataformas on-line.
Etapas complementares
Algumas subetapas podem se fazer necessárias durante o processo de seleção. Algumas delas são:
- Atração: envolve apresentar a organização e engajar os candidatos por meio de conteúdos estratégicos. O time de marketing pode ajudar aqui;
- Conversão: torna o processo de candidatura mais simples e previne desistências;
- Assessment: abrange um conhecimento maior do perfil comportamental do candidato e uma verificação de alinhamento com o time em que ele possivelmente atuará;
- Oferta e contratação: basicamente, formaliza a proposta.
Adotar o funil de seleção e todas as suas etapas, permitirá que você organize o processo de recrutamento de forma clara e orientada por dados, contribuindo para o sucesso da organização.
Como gerir um funil de recrutamento eficiente
Para que seu processo de recrutamento ocorra de forma otimizada, algumas práticas simples podem fazer toda a diferença. Confira algumas dicas essenciais:
1. Valorize o banco de talentos da empresa
Nem sempre o candidato que você procura está ativamente procurando uma vaga. Por isso, preste atenção no banco de talentos e diversifique estratégias como:
- Aproveitar indicações de candidatos atuais, pois eles já trazem referências alinhadas à cultura organizacional que conhecem e lidam;
- Investir no site de carreiras, criando um espaço atrativo para o talento.
2. Defina as características do talento a ser contratado
Ter clareza sobre o perfil desejado é essencial para agilizar o processo seletivo. Para isso:
- Estabeleça critérios claros com requisitos como formação, experiência profissional, habilidades técnicas e comportamentais, além de conquistas importantes para o cargo;
- Reduza o número de entrevistas desnecessárias: ao filtrar com base nos critérios definidos, você economiza tempo e energia tanto da sua equipe quanto dos pretendentes, focando nos candidatos mais alinhados.
3. Analise cada etapa do processo de recrutamento
Lembre-se que um funil eficiente depende de ajustes contínuos:
- Acompanhe indicadores de desempenho em cada fase, desde a atração de candidatos até as entrevistas e propostas.
- Teste novos formatos, como vídeos enviados pelos candidatos que podem ser mais eficazes para avaliar habilidades.
Com essas práticas, você potencializa o impacto do seu funil de recrutamento, criando um processo seletivo mais estratégico, rápido e alinhado aos objetivos da sua empresa.
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