Preocupação excessiva: você se preocupa demais?
Será que você é uma pessoa que se preocupa demais? Quando não conseguimos controlar esse sentimento, a preocupação excessiva pode se tornar um grande problema na sua vida e atrapalhar o convívio com todos à sua volta.
Com a correria do dia a dia, é muito comum estarmos constantemente preocupados com as coisas, desde problemas relacionados à família até mesmo no ambiente de trabalho, onde a pressão costuma ser maior.
Pensando nisso, é importante filtrar esse sentimento e, a partir disso, buscar alternativas para administrá-lo de forma correta, sem que isso prejudique a sua saúde e bem-estar. A seguir, vamos explicar um pouco sobre o que é preocupação excessiva e algumas dicas para amenizá-la.
Preocupação: o que é?
A preocupação nem sempre significa algo negativo, pelo contrário, ela pode ajudar a impulsionar a vida de cada pessoa na realização das tarefas e/ou até mesmo na formação de novos sonhos e planos. Desse modo, quando esse sentimento chega, é porque nos importamos com aquela determinada situação.
Segundo a psicóloga Hellen Capel, formada pela Unicesumar e especialista em Psicoterapia Psicanalítica Contemporânea pela EPPM, a preocupação pode ser caracterizada também por diversos sentimentos ruins, como aflição e angústia, que são representados por alguma situação que pode acontecer — ou não — no futuro de cada pessoa.
“Esse algo ou essa situação, por exemplo, está no futuro, mas a pessoa está sentindo agora. Às vezes, o indivíduo fica encontrando estratégias do que pode ser feito para solucionar. Em outros casos, devido à preocupação, ele não consegue olhar para nada daquilo que pode fazer”, comenta Hellen.
Conforme a psicóloga, o que leva uma pessoa a se sentir extremamente preocupada é a dificuldade de pensar e olhar para toda a circunstância à sua volta. “Algumas pessoas não conseguem analisar as situações, encontrar saídas ou até mesmo pela ânsia do controle sobre tudo, buscando soluções que nem sempre estão ao alcance”.
A seguir, entenda qual é a diferença entre preocupação normal e preocupação excessiva. Como será que está esse sentimento em você? Vamos descobrir!
Preocupação normal x preocupação excessiva: qual a diferença?
Você sabe qual é a diferença da preocupação “normal” para a preocupação excessiva? Como mencionamos anteriormente, a preocupação nem sempre é ruim: ela pode representar algo importante para cada pessoa.
“Podemos representá-la como uma forma de proteção. Por exemplo: eu tenho que fazer uma prova, logo, fico preocupada se vou me sair bem. Em seguida, vou estudar bastante, ou seja, vou me preparar para algo importante, tornando-se um mecanismo de autoproteção”, explica a profissional.
No entanto, a preocupação excessiva deixa de ser uma proteção para um sentimento mais compulsivo, ou seja, é quando a nossa cabeça começa a procurar motivos em lugares errados, em outras palavras, onde não existe problema. “Essa ação pode nos machucar, pois isso cria um bloqueio nas ações, gerando às vezes alguns sentimentos, como raiva, irritação e ansiedade”.
De modo geral, a preocupação excessiva pode afetar vários âmbitos da vida, tanto pessoal quanto profissional. Os relacionamentos se tornam superficiais e as tarefas do dia a dia perdem qualidade. “A diferença entre a preocupação normal para a preocupação excessiva está no cuidado, ou seja, o poder de nos proteger”, finaliza.
Que tal melhorar agora mesmo a preocupação excessiva com algumas dicas práticas para o seu dia a dia? Continue a leitura!
3 dicas para diminuir a preocupação excessiva
Agora que você sabe a diferença da preocupação normal para a preocupação excessiva, separamos três dicas que podem te ajudar a diminuir essa sensação.
1 – Identifique novas estratégias
Quando você chegar à conclusão de que está caindo no famoso “pensamento negativo”, busque realizar algumas atividades alternativas, como, por exemplo, escrever em um papel quais são os problemas e buscar soluções para resolvê-las.
“Geralmente, as pessoas preocupadas pensam em todas as possibilidades negativas, priorizando-as. Nós podemos colocar no papel, por exemplo, as possibilidades, quanto tempo temos, entre outras coisas”, explica a psicóloga.
O mais importante é adotar uma nova postura diante das situações para não se afundar nesse problema ou torná-lo ainda maior.
2 – Dê um descanso para a sua mente
Nem todos os problemas ou projetos serão resolvidos logo de cara, alguns podem levar mais tempo, por isso, é importante se acolher quando a preocupação excessiva aparecer. Acolher-se? Segundo a psicóloga, a cabeça pode deixar de ser produtiva, desencadeando a falta de concentração ou até mesmo um bloqueio criativo.
“Quando isso acontecer, é importante se acolher. Por exemplo: deite em um quarto escuro com a luz baixa amarela, coloque uma música suave e/ou pratique atividades físicas”, sugere a psicóloga. Nessa etapa, lembre-se que você é a sua maior prioridade.
3 – Defina um limite
Alguma vez na sua vida você já parou para pensar qual é o seu limite? Compreender e reconhecer que esses pensamentos e preocupações existem é o primeiro passo para entender o seu problema e se a sua preocupação é excessiva ou não.
Quando isso acontecer, tente entender e determinar o tempo que você tem usado para focar as suas energias nesses problemas.
Portanto, evite ter preocupações excessivas por aquelas situações que serão passageiras. Para entender melhor sobre o assunto, procure um psicólogo para te ajudar a combater essa sensação que, em muitos casos, pode ser negativa para a sua rotina.