Nomofobia: 8 dicas para fazer detox do celular

Atualmente, o uso de celulares tem sido unânime entre as pessoas, né? Afinal, ele ajuda a trazer mais praticidade à rotina, visto que é possível fazer de tudo um pouco, como conversar com alguém, assistir vídeos ou trabalhar à distância. Embora as inúmeras facilidades que estão a um clique, o uso excessivo pode trazer à tona a nomofobia. 

Já ouviu falar nesse termo? Para te ajudar a entender sobre o assunto, nós responderemos as seguintes dúvidas ao longo deste artigo:

• O que é nomofobia?
• Quais são os sintomas da nomofobia?
• Quais hábitos indicam a nomofobia?
• 8 dicas para combater a nomofobia.

O que é nomofobia?

A nomofobia significa “no mobile phone phobia” (sem fobia de celular) e foi criado no Reino Unido, com o  objetivo de representar o medo irracional que algumas pessoas têm de ficar sem o celular. Em alguns casos, também pode representar o receio de ser impedido de usá-lo, podendo variar as causas, como falta de conexão à internet, bateria fraca ou proibição do uso de dispositivos tecnológicos (escola ou trabalho, por exemplo). 

Segundo um levantamento feito pela Electronics Hub, os brasileiros passam pouco mais de 16 horas acordados. Nesse tempo, nove horas é apenas olhando para algum tipo de tela, seja celular ou computador, representando cerca de 57%. 

Entre 2010 e 2021, o uso de celular cresceu em 45% no país devido às mídias sociais (Instagram, LinkedIn e TikTok) e aos serviços de streaming. Sem contar as demais praticidades oferecidas pelos aparelhos celulares, como, por exemplo, movimentação de conta bancária, compra de produtos on-line e até mesmo aplicativos de cuidados com a saúde física e mental. 

Embora haja muitos pontos positivos em relação ao uso do celular durante a rotina, o excesso de tela pode desencadear a nomofobia e, consequentemente, alguns sintomas que podem fazer mal à saúde, como a angústia, a ansiedade e até mesmo a depressão. 

Além disso, ela pode aparecer na vida de qualquer pessoa. No entanto, atenção: pré-adolescentes e adolescentes são mais suscetíveis ao problema, visto que consomem mais conteúdos na internet devido à geração que se encontram. 

Quais são os sintomas da nomofobia?

A dependência do uso de celular pode trazer inúmeros malefícios à saúde, tanto físicos quanto mentais, sabia? Geralmente, os sintomas são parecidos, sendo mais fácil de identificar o problema. 

Pensando nisso, nós separamos uma lista com os principais sintomas:

• Solidão;
• Angústia;
• Estresse;
• Ansiedade;
• Falta de ar;
• Crise de pânico;
• Aceleração da frequência cardíaca;
• Dores de cabeça (leve, média e alta);
• E muito mais!

Além desses sintomas, muitos outros podem surgir e, consequentemente, impactar de forma negativa na qualidade de vida. Por exemplo, o uso excessivo de tela pode atrapalhar a qualidade do sono, causando a tão temida insônia. Sendo assim, é muito importante procurar a ajuda de um psicólogo para ajudar com o diagnóstico e o melhor tratamento.

Quais hábitos indicam a nomofobia?

Alguns hábitos do dia a dia podem desencadear a nomofobia. Afinal, são coisas que estamos acostumados a fazer e nem percebemos. Pensando nisso, confira alguns deles: 

• Deixar o celular carregado o dia todo;
• Checar as notificações sempre que possível;
• Ficar conectado o dia todo, exceto na hora de dormir;
• Conferir várias vezes se está com o celular para não esquecer;
• Ao sair em grupo, prefere mexer no celular ao invés de interagir com as pessoas;
• Seja no trabalho ou durante os estudos, sempre faz uma pausa para mexer nas mídias sociais;
• Ao acordar, a primeira coisa que faz é mexer no celular;
• Entre outros hábitos. 

Entre esses e muitos outros hábitos ruins no que diz respeito ao uso do celular, mexer nele no trânsito é um dos mais graves. Além de colocar a própria vida em risco, é uma ação que pode causar acidentes com outras pessoas. 

Sendo assim, é muito importante evitar o uso de aparelhos eletrônicos enquanto dirige ou ao andar pela rua, combinado? 

Mas, afinal, será que você sofre de nomofobia? 

Para te ajudar a identificar a nomofobia, nós separamos um teste* super rápido:

1. Você acorda durante a noite para mexer no celular?
2. Quando está entre amigos e familiares, prefere ficar usando o celular?
3. Pessoas conhecidas reclamam que você passa muito tempo na frente de telas?
4. Quando você não está mexendo no celular, sente-se ansioso ou angustiado?
5. Já deixou de fazer alguma tarefa da rotina para ficar conectado?
6. Sente que a sua atenção e produtividade não são mais as mesmas pelo uso do celular?
7. Já mentiu alguma vez durante o tempo que ficou on-line?

Leu todas as perguntas? Agora é hora de respondê-las com: sim (3 pontos), às vezes (2 pontos) e não (1 ponto).

Após responder todas as perguntas, é hora de somar o resultado:

• Até 7 pontos: ainda não existe um problema com o seu uso de celular;
• De 8 a 14 pontos: é hora de diminuir o uso de tela, combinado? Lembre-se de prevenir o excesso;
• Acima de 14 pontos: você pode estar viciado e, consequentemente, estar passando pela nomofobia. Procure a

*Adaptação do Teste de Dependência da Internet (TDI) desenvolvido pela Kimberly Young, psicóloga americana e fundadora da International Society of Mental Health Online.

8 dicas para combater a nomofobia

O celular é um aparelho que faz parte da nossa rotina diária. No entanto, o uso excessivo pode provocar a nomofobia e, sobretudo, inúmeros problemas relacionados à saúde física e mental, como mencionamos ao longo deste artigo. 

Sendo assim, para te ajudar a fazer um detox do celular durante o dia, nós separamos algumas dicas simples: 

1. Silencie as notificações;
2. Evite o uso do celular entre amigos e familiares;
3. Ao acordar, evite mexer no celular nos primeiro 45 minutos;
4. Desconecte-se do celular 1 hora antes de dormir;
5. A bateria do celular está acabando? Coloque para carregar longe da sua visão;
6. Troque o celular por alguma atividade física de sua preferência;
7. Vai ao mercado ou fazer qualquer outra coisa perto de casa? Não leve o celular;
8. Nas horas livres, procure fazer alguma atividade de lazer, como ler, ir ao parque ou qualquer outra coisa que não precise do celular. 

Caso você esteja ou conheça alguém viciado no celular, é muito importante procurar a ajuda de um psicólogo. Por meio do profissional, é possível iniciar com o tratamento adequado em prol da qualidade de vida.