Tipos de terapia: quais são e como escolher?
Quem procura por um psicólogo ou terapeuta, já teve essa dúvida: quais tipos de terapia existem e qual deles é o melhor?
Para saber quais são os tipo de terapia e qual pode ser a melhor opção para você, é preciso fazer uma pesquisa mais profunda para entender as abordagens e as linhas de pensamento das terapias e em qual contexto elas podem ser utilizadas. E, claro, testar algumas para entender qual faz mais sentido para a sua situação.
Para te ajudar nessa busca, falaremos sobre os principais tipos de terapia, onde surgiram e em quais casos são mais recomendados. Vamos lá?
Por que a terapia é importante?
A saúde mental é tão importante quanto a saúde física! “Mente sã, corpo são”, não é mesmo? Esta frase é muito verdadeira.
Cuidar da mente, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não necessariamente depende de acontecimentos específicos. Ela pode ser feita a qualquer momento da vida, visando o autoconhecimento, melhor entendimento das emoções e melhora da qualidade de vida no geral.
Alguns casos, de fato, demandam urgência no tratamento, e até mesmo intervenção psiquiátrica e medicamentosa. Por isso, é fundamental reconhecer sinais de alerta, como desmotivação, pensamento fixo em traumas, variações de humor, baixo rendimento no trabalho, dificuldade nos relacionamentos interpessoais, entre outros.
É sempre importante lembrar que as pessoas lidam com as suas emoções de jeitos diferentes e respondem à terapia de formas diferentes. Por isso, é preciso encontrar uma abordagem que atenda a esses sentimentos e faça o paciente se sentir confortável durante as sessões.
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Principais tipos de terapia
A terapia tem diversas finalidades, como fazer uma pessoa se conhecer melhor, ajudá-la a lidar com questões emocionais, melhorar o desempenho nas atividades do dia a dia, proporcionar bem-estar, tratar doenças como depressão e ansiedade, reduzir o estresse… Tudo depende do objetivo do paciente e o tipo de abordagem escolhida.
Separamos os sete principais tipos de terapia para você conhecer.
1 – Psicanálise
Sigmund Freud é conhecido como o “pai da psicanálise”, e essa abordagem tem como objetivo acessar o inconsciente para entender e tratar assuntos pessoais.
Ainda que ele tenha sido o pioneiro do modelo, hoje essa terapia é bastante atualizada e utiliza técnicas e pensamentos desenvolvidos por outros estudiosos além de Freud, como Melanie Klein e Lacan. Alguns exemplos são a associação livre de palavras (quando o terapeuta diz uma palavra e o paciente deve dizer a primeira coisa que vier à cabeça) e a análise de sonhos.
A psicanálise é indicada para todas as pessoas que desejam aprender mais sobre si, mas também para aquelas que sentem que a vida está sem rumo, têm problemas no trabalho ou no ambiente familiar, fobias, pânico, ansiedade, depressão, entre outros transtornos.
2 – Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
A TCC é diferente da psicanálise, e tem um impacto mais imediato em quem opta por ela. Essa terapia acredita que a maneira como as pessoas interpretam o mundo a sua volta pode ser a causa de transtornos.
Por esse motivo, o objetivo da TCC é trazer o autoconhecimento e analisar como os pensamentos e influências externas refletem no comportamento do paciente.
Como essa é uma abordagem mais direcionada, pode ser indicada em casos de baixa autoestima, vícios, transtornos de personalidade e busca por mudanças em determinados aspectos da vida, como carreira, família e até na aparência.
3 – Junguiana
O nome dessa terapia deriva de seu criador, Carl Gustav Jung. Ela tem os sonhos como base, já que ele acreditava que os sonhos são a personificação do nosso inconsciente.
Analisando os sonhos dos pacientes, a terapia junguiana busca compreender os problemas e a personalidade das pessoas em prol da própria essência. Além disso, ajuda a promover o equilíbrio individual, tanto interno quanto externo.
Os terapeutas dessa abordagem utilizam bastante de técnicas artísticas como pintura, música, dança ou movimento, para ajudar na expressão dos sentimentos e na imaginação. A associação livre de palavras, comum na psicanálise, também é utilizada aqui.
A terapia junguiana é procurada por pessoas com depressão, ansiedade, dificuldade de se relacionar, transtornos alimentares, traumas, desejo de mudanças e autoconhecimento, e que desejam viver a vida com mais profundidade.
4 – Mindfulness
Vivemos na era da informação. Por isso, o foco total em atividades específicas está cada vez mais difícil.
O Mindfulness, também conhecido como Psicologia da Atenção Plena, tem como objetivo aumentar o foco por meio de técnicas de meditação. Além disso, este tipo de terapia ajuda a tornar o pensamento mais positivo, contribuindo para melhora da memória e diminuindo os sintomas mentais, como ansiedade e/ou estresse.
5 – Análise do Comportamento
A Análise do Comportamento deriva do Behaviorismo (outra abordagem terapêutica) e lida com padrões de comportamento públicos e/ou privados de cada pessoa.
Essa abordagem entende que existem meios reforçadores e punitivos para a modificação do comportamento, de acordo com o ambiente em que as pessoas estão inseridas.
A partir da terapia, os pacientes buscam mudar seus comportamentos negativos. Ela é indicada para pessoas com depressão, estresse, ansiedade, doenças sexuais e psicossomáticas.
6 – Psicodrama
Essa abordagem foge do padrão de “conversa entre terapeuta e paciente”. As sessões podem ser feitas individualmente ou em grupo, e as pessoas devem dramatizar seus conflitos interiores. A partir disso, o terapeuta pode investigar as angústias de seus pacientes.
Essa terapia é indicada para ajudar as pessoas que desejam libertar suas personalidades, serem mais comunicativas e menos tímidas.
7 – Terapia Gestalt
O objetivo da Terapia Gestalt é analisar sempre o presente. Nela, são levados em consideração os ambientes que o paciente frequenta e as pessoas com quem ele convive, além de sua linguagem corporal.
Dessa forma, o trabalho busca fazer com que o paciente consiga seguir com sua vida, se desvencilhando de acontecimentos passados.
Tipos de terapia: como escolher o melhor?
Como já comentamos, o melhor tipo de terapia é aquele que atende aos seus objetivos e te faz sentir confortável. Existem algumas perguntas que você pode se fazer antes de escolher uma abordagem:
- Quais são os meus objetivos ao fazer terapia?
- Quais mudanças esse autoconhecimento pode trazer para a minha vida? Eu estou disposto a aceitá-las para alcançar meus objetivos?
- Em quanto tempo espero ver os resultados das minhas sessões?
Também é importante ressaltar que a terapia é uma ferramenta de mudança, mas os resultados nunca aparecerão se o paciente não estiver, de fato, disposto a repensar seus comportamentos, atitudes e hábitos de vida para atingir seus objetivos. Não deixe de procurar ajuda se achar necessário!
Em todos os casos, o terapeuta faz diversas perguntas para entender o momento de vida do paciente e quais técnicas serão mais eficazes durante o acompanhamento.
Outras formas de cuidar da saúde mental
A terapia é parte essencial do cuidado com a saúde mental, mas existem outros hábitos que podemos cultivar para melhorá-la.
Boas noites de sono
Para a saúde mental, uma boa rotina de sono é indispensável. Dormir bem fortalece o sistema imunológico, melhora o raciocínio, a memória e o humor e ajuda a regular os hormônios do apetite.
Para pessoas adultas, o ideal é dormir cerca de oito horas ininterruptas por noite.
Ter hobbies
Cantar, tocar instrumentos musicais, desenhar, pintar, fotografar… Esses são ótimos hobbies para se distrair, aprender coisas novas e expressar os sentimentos.
Praticar atividades prazerosas é uma ótima forma de cuidar da saúde mental para além das sessões de terapia.
Boa alimentação
Se alimentar de forma saudável pode ajudar a melhorar o funcionamento do nosso cérebro, regular os níveis de energia e memória e controlar nossas emoções.
Nutrientes como o ômega 3, zinco, magnésio, selênio, vitamina D, complexo B, entre outros, auxiliam em atividades neuroquímicas, que ajudam a minimizar efeitos de transtornos mentais, por exemplo.
Praticar exercícios físicos
Comprovadamente, a atividade física está associada à saúde mental. Ter uma rotina saudável com exercícios regulares pode prevenir doenças como estresse, depressão, ansiedade e diabetes.
A endorfina, hormônio liberado durante a prática de atividades e conhecido como “hormônio do prazer”, causa sensação de felicidade e bem-estar, melhora a cognição e até nossa memória! Incrível, né?
Unindo essas práticas, conseguimos cuidar da nossa saúde mental e física, melhorando a qualidade de vida e bem-estar. Por isso, agora que você já conhece os principais tipos de terapia, lembre-se de procurar um profissional, certo?