Subsistema de RH: o que é e para que serve?
O “subsistema de RH” foi criado pelo professor e escritor Idalberto Chiavenato, um importante consultor administrativo brasileiro. Este termo é relacionado às diferentes funções exercidas pelos profissionais de RH nas empresas.
Essas segmentações são importantes para auxiliar o time em suas estratégias, desde o processo de recrutamento e seleção até a mensuração de metas e produtividade dos colaboradores.
Essas etapas são importantes para direcionar o crescimento da empresa e as contribuições que cada pessoa pode dar nesse caminho. Interessante, né?
Qual o objetivo de um subsistema de RH?
Como comentamos, segundo o professor Chiavenato, todas as ações do setor de recursos humanos devem ser pensadas estrategicamente visando a evolução da organização.
Elas servem para auxiliar na organização e no desempenho da equipe, de acordo com as metas e objetivos estabelecidos.
Cada um dos subsistemas é pensado nas etapas do colaborador na empresa. Visto que cada pessoa entra em momentos e cargos diferentes, é necessário adaptar essas ações à experiência dos funcionários, respeitando suas jornadas e necessidades.
Qual a importância de cada subsistema de RH?
Os subsistemas de RH são divididos em cinco bases fundamentais. Cada uma delas funciona em momentos diferentes dos colaboradores na empresa e tem formas estratégicas de aplicação. Saiba mais sobre cada uma delas na lista abaixo!
1. Provisão de recursos humanos
A equipe de recursos humanos é responsável pelo recrutamento de profissionais que tenham o perfil da empresa e as habilidades necessárias para cumprir os cargos oferecidos. Esse subsistema é chamado de provisão.
Para encontrar o candidato mais capacitado, o time de recrutamento deve preparar o processo seletivo de forma estratégica.
Existem algumas perguntas que podem ser feitas nesta etapa, seja para descobrir qual o melhor método de avaliação e/ou para entender qual é o perfil ideal do profissional que será contratado.
- Quais habilidades técnicas o candidato deve atender?
- Dentro da empresa há alguém que possa ocupar o cargo que está sendo oferecido ou os talentos devem ser buscados externamente?
- Quanto custará este novo cargo?
- Qual é o formato ideal para o processo? Entrevista on-line? Dinâmica em grupo ou individual? Terá um teste inicial?
- O que a futura equipe do candidato espera do processo?
Por ser a primeira etapa, é importante que a provisão seja muito bem realizada. Aqui, os profissionais terão o primeiro contato com a empresa e têm muitas expectativas sobre os novos desafios. Por isso, é fundamental passar uma boa primeira impressão, né?
2. Aplicação de pessoas
Após o processo de seleção, vem a aplicação de pessoas. Esta é a etapa em que o profissional é inserido na empresa, após sua admissão, e começa a se integrar na rotina da nova equipe.
No início, é muito importante que o RH deixe claro para ele quais são suas atribuições e responsabilidades, qual será a sua equipe de trabalho, horários a cumprir, salário e benefícios, entre outros detalhes.
Neste momento, acontece também a integração com os outros colaboradores. Você se lembra quando nós dissemos que a provisão deve ser feita da forma correta? Se isso acontecer, na aplicação os novos colaboradores já vão entrar super engajados para iniciar o trabalho e familiarizados com o clima organizacional.
Aqui, também é interessante manter um contato mais próximo com quem está chegando, de modo a entender se a pessoa está se adaptando bem ou precisa de alguma ajuda.
3. Manutenção de pessoas
A manutenção de pessoas é um subsistema de RH utilizado como estratégia de retenção de talentos. Afinal, as empresas querem manter os melhores profissionais do mercado com elas, certo?
Para que isso aconteça, a empresa deve ser atrativa para o colaborador, oferecendo oportunidades de crescimento, benefícios além dos mais comuns, bonificações, prêmios de reconhecimento, bolsas de estudo para aprimoramento profissional, entre outras estratégias.
Além disso, a empresa também deve se mostrar competitiva no mercado. Se o profissional entender que seu local de trabalho está perdendo destaque e sua estabilidade está em risco, provavelmente irá procurar outras oportunidades.
4. Desenvolvimento de pessoas
A área de recursos humanos ainda é responsável pelo subsistema de desenvolvimento de pessoas.
Nesta fase, a equipe será pautada por dados de produtividade e satisfação dos colaboradores, além de avaliações de desempenho que serão aplicadas para entender quais as qualificações necessárias para que a empresa continue crescendo.
O setor de RH pode investir em Upskilling, ou seja, no aprimoramento das habilidades para que o colaborador atinja níveis maiores de senioridade e seja capaz até mesmo de ocupar cargos de liderança no futuro.
O Upskilling também pode ser considerado manutenção de pessoas, já que um colaborador que vê futuro e possibilidade de crescimento na empresa está muito mais apto a ficar nela.
5. Monitoramento de pessoas
O monitoramento de pessoas (também chamado de “controle”) é uma forma da empresa saber exatamente quem são os colaboradores que trabalham ali e como eles se comportam.
Além do trabalho feito, são reunidos ainda dados pessoais, currículos, controle de ponto, banco de horas, documentação, treinamentos, entre outros. Com essas informações, o perfil dos profissionais fica muito mais claro para o departamento de recursos humanos.
Atualmente, com o avanço da tecnologia, cada vez mais as equipes de gestão de pessoas estão utilizando ferramentas e recursos diferenciados, além de Inteligência Artificial e People Analytics. Essas são, inclusive, tendências fortes para o RH nos próximos anos.
A empresa pode tomar decisões a partir desse monitoramento, como novas admissões, demissões, promoções e reorganizações de equipes.
Existem mais subsistemas de RH?
Por enquanto, ainda não existem outros subsistemas além dos cinco principais, mas algumas empresas consideram “recrutamento e seleção” como o sexto subsistema de RH, separando esta etapa da provisão de recursos humanos.
Com essas divisões, entendemos que a gestão de pessoas é fundamental para o pleno funcionamento da empresa, uma vez que esse time é super importante para garantir a produtividade dos funcionários, o posicionamento da instituição no mercado e o crescimento profissional de quem faz parte da equipe.