Autoexame de mama: gesto simples que pode salvar vidas
Cuidar de si é um ato de amor. E, quando o assunto é saúde das mamas, o autoexame surge como uma prática essencial de autoconhecimento e prevenção. Embora ele não substitua as consultas médicas e exames clínicos, é recomendado que cada pessoa conheça melhor o próprio corpo e identifique possíveis alterações com mais facilidade.
Por isso, vamos entender o que é e como fazer o autoexame de mama, por que ele é importante e o que observar durante o processo. Afinal, falar sobre autocuidado é também falar sobre empoderamento e bem-estar. Confira:
- O que é o autoexame de mama?
- Qual é a importância do autoexame de mama?
- Quais são os tipos de autoexame de mama?
- O que observar ao realizar o autoexame de mama?
O que é o autoexame de mama?

O autoexame de mama é uma prática simples de observação e toque nas mamas feita pela própria pessoa, com o objetivo de reconhecer alterações no formato, textura ou aparência.
Ele não é um exame diagnóstico, ou seja, não serve para confirmar doenças, mas funciona como um ato de vigilância e cuidado contínuo. Quando feito regularmente, o autoexame ajuda a criar familiaridade com o próprio corpo, facilitando a percepção de mudanças sutis.
Essa conscientização é o primeiro passo para procurar ajuda médica em caso de dúvida, o que faz toda diferença quando falamos em detecção precoce do câncer de mama, uma das doenças que mais afetam mulheres no mundo.
Qual é a importância do autoexame de mama?
Se engana quem pensa que apenas as mulheres precisam fazer o autoexame: os homens também devem realizar regularmente. Estudos mostram que a detecção precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento do câncer de mama. Além disso, aliado a exames clínicos e mamografias, pode contribuir significativamente para isso.
Mas a importância vai além da prevenção:
- Ele estimula a percepção corporal, ajudando cada pessoa a reconhecer o que é normal e o que não é;
- Promove autonomia, mostrando que o cuidado com a saúde também depende de pequenas atitudes individuais;
- Reforça o diálogo sobre saúde feminina e masculina, quebrando tabus e incentivando conversas mais abertas sobre o tema entre todos.
Em resumo, o autoexame é mais do que um gesto: é um lembrete de que nossa saúde merece atenção constante.
Quais são os tipos de autoexame de mama?

O autoexame pode ser feito de três formas principais, todas igualmente importantes e complementares. A ideia é observar as mamas em diferentes momentos e ângulos, para identificar qualquer alteração visual ou tátil.
1. Diante do espelho
Essa etapa é visual. Com os braços abaixados, observe o formato, o tamanho e a simetria das mamas. Em seguida, repita o processo com os braços levantados e depois apoiados na cintura, pressionando levemente para contrair o tórax.
Procure por:
- Mudanças no formato ou no contorno da mama;
- Diferenças de cor ou textura na pele (como vermelhidão, inchaço, rugosidade ou depressões);
- Alterações nos mamilos, como inversão, secreção ou assimetria.
Essa é uma maneira simples de perceber o que é habitual no seu corpo e o que pode estar diferente.
2. Durante o banho
O ambiente úmido e o uso do sabonete tornam o toque mais suave e facilitam a percepção de nódulos ou regiões endurecidas.
Com os dedos juntos e estendidos, toque a mama esquerda com a mão direita e vice-versa, fazendo movimentos circulares e firmes, cobrindo toda a extensão das mamas e axilas.
Aqui, o objetivo é sentir o tecido mamário, identificando qualquer área diferente da habitual, seja um pequeno caroço, dor localizada ou espessamento.
3. Deitada
Deite-se e coloque um travesseiro sob o ombro direito, elevando levemente o lado a ser examinado. Com a mão esquerda, examine a mama direita com movimentos circulares, e depois inverta o processo.
Essa posição ajuda a espalhar o tecido mamário sobre o tórax, facilitando sentir alterações internas.
Assim como nas outras etapas, o importante é realizar o toque com calma e atenção.
O que observar ao realizar o autoexame de mama?

Durante o autoexame, é importante observar e sentir com atenção. As principais alterações que merecem acompanhamento médico são:
- Caroços, nódulos nas mamas ou axilas, mesmo que indolores;
- Alterações na pele, como espessamento, rugas ou retrações;
- Secreção espontânea nos mamilos, principalmente se for com sangue;
- Mudanças no formato ou no tamanho das mamas;
- Coceira, dor ou sensibilidade anormal;
- Mamilos invertidos ou com aspecto diferente do habitual.
Vale lembrar que nem toda alteração significa algo grave, muitas vezes são alterações benignas. Mas o acompanhamento médico é essencial para confirmar e tratar qualquer situação.
O ideal é que o autoexame seja feito uma vez por mês, de preferência entre o 7º e o 10º dia após o início da menstruação, quando as mamas estão menos sensíveis. Para quem já não menstrua, basta escolher um dia fixo do mês e manter a regularidade.
O autoexame não substitui exames de imagem, como a mamografia, nem as consultas com profissionais de saúde. Ele é um complemento valioso, uma forma de manter-se em contato com o próprio corpo e agir de forma preventiva.
Combinar o autoexame com visitas regulares ao ginecologista e a realização dos exames indicados para cada faixa etária é a melhor maneira de cuidar da saúde das mamas de forma completa e integrada.
Falar sobre o tema, compartilhar informações e incentivar outras pessoas a se cuidarem também faz parte dessa rede de apoio que salva vidas todos os dias.