Regras de convivência no trabalho: descubra as 12 principais
Criar um ambiente saudável no escritório (ou no home office) é um desafio e tanto e quem atua com RH sabe bem disso. Em meio a metas, entregas e personalidades diferentes dividindo o mesmo espaço, manter a harmonia passa longe de ser apenas uma questão de sorte. É aqui que entram as regras de convivência no trabalho.
Mais do que regras por escrito no código de conduta, estamos falando de práticas que reforçam a cultura da empresa, previnem conflitos e ajudam a construir um espaço onde todo mundo se sinta respeitado e pertencente.
E o melhor: quando essas diretrizes são claras e bem comunicadas, o RH economiza energia com retrabalho, mal-entendidos e até desligamentos evitáveis.
Neste artigo, vamos explorar como o RH pode transformar essas regras em ferramentas estratégicas construídas em conjunto com os times, adaptadas à realidade da empresa e alinhadas aos valores organizacionais. Afinal, quando o ambiente de trabalho funciona bem, todo mundo cresce junto. Continue lendo!
- A importância das regras de convivência no trabalho
- As 12 principais regras de convivência no trabalho
- Política, regra ou combinado: qual a diferença?
A importância das regras de convivência no trabalho

Se tem uma coisa que o RH já aprendeu é que cultura se vive no dia a dia e é nos detalhes da convivência que ela ganha forma. Por isso, as regras de convivência no trabalho são instrumentos de construção cultural e pertencimento.
Quando bem pensadas (e cocriadas), essas regras viram acordos de confiança. A partir do momento em que as pessoas entendem o que é esperado delas e o que podem esperar dos outros, o ambiente de trabalho se torna mais leve, seguro e produtivo.
E tem mais: quando o colaborador sente que suas particularidades são respeitadas, que existe espaço para escuta e que os valores da empresa se refletem nas atitudes do time, ele se compromete de verdade. O senso de pertencimento aumenta, a rotatividade diminui e o RH consegue focar em ações cada vez mais estratégicas.
No fim das contas, investir em regras de convivência no trabalho é investir naquilo que toda empresa quer: um time que veste a camisa porque se sente parte do jogo. E isso começa com atitudes simples, mas consistentes, que mostram que respeito, empatia e clareza são parte do DNA organizacional.
As 12 principais regras de convivência no trabalho
1 – Respeitar os colegas de trabalho
O respeito é a base de qualquer ambiente saudável. Isso inclui ouvir sem interromper, evitar julgamentos e tratar todos com cordialidade, independentemente de cargo, idade, gênero, cor ou origem.
2 – Comunicar-se com clareza e educação
Uma comunicação bem feita evita mal-entendidos, retrabalho e até conflitos. Seja direto, mas sempre gentil. Explique prazos, responsabilidades e expectativas com clareza. No digital, atenção ao tom: letras maiúsculas, emojis e pontuação excessiva podem gerar ruídos.
3 – Evitar fofocas e intrigas
Falar sobre os colegas pelas costas mina a confiança das equipes e afeta o clima organizacional. Se houver algum problema, o ideal é resolver diretamente com a pessoa envolvida ou procurar uma mediação do time de liderança, ou RH.
4 – Resolver conflitos com maturidade
Conflitos acontecem, mas precisam ser resolvidos com diálogo e escuta ativa. Fuja de reações impulsivas e ataques pessoais. Prefira conversas francas e objetivas, sempre com foco na solução e não na culpabilização.
5 – Ser pontual e cumprir os prazos
Respeitar o tempo dos outros é sinal de comprometimento. Chegar no horário e entregar tarefas no prazo mantém o fluxo de trabalho organizado e evita sobrecarregar colegas.
6 – Trabalhar em equipe, não em competição
Saber colaborar é tão importante quanto ter boas ideias. É essencial compartilhar aprendizados, ajudar quem precisa e comemorar vitórias em conjunto. O sucesso coletivo vale mais do que o desempenho isolado.
7 – Usar o bom senso quando se trata de brincadeiras
Nem todo mundo tem o mesmo nível de intimidade ou senso de humor. Piadas e apelidos devem ser evitados, principalmente se não houver confiança mútua. O que é engraçado para um pode ser ofensivo para outro.
8 – Cuidar da limpeza e da organização
Seja no escritório ou em casa, manter o ambiente limpo e arrumado é sinal de respeito com o próximo. Lavar as próprias louças, evitar deixar restos de comida ou bagunça no espaço coletivo e manter sua estação de trabalho organizada mostra que você é um bom profissional, para além das demandas.
9 – Reduzir ruídos e distrações desnecessárias
Conversas em volume alto, vídeos sem fone ou interrupções constantes atrapalham a concentração do time. Ambientes silenciosos são prioridades para ligações, assim como o uso de fones sempre que possível.
10 – Vestir-se de forma adequada ao ambiente
O dress code pode variar, mas o bom senso é universal. Roupas limpas, confortáveis e alinhadas ao ambiente (mesmo no home office, em chamadas com câmera) ajudam a manter a imagem profissional.
11 – Ter ética e integridade em todas as situações
Isso significa preservar a confidencialidade de informações, evitar conflitos de interesse e agir sempre com transparência. Ética é o que sustenta a confiança entre pessoas, times e empresas.
12 – Valorizar a diversidade e o respeito às diferenças
O ambiente de trabalho é composto por pessoas com vivências distintas. Acolher essas diferenças e promover inclusão fortalece a cultura organizacional e gera inovação. Discriminação não tem espaço em nenhuma empresa.
Política, regra ou combinado: qual a diferença?

No universo do RH, nem toda orientação precisa virar uma política formal. Saber diferenciar o que é política, o que é regra e o que é combinado ajuda a empresa a criar uma cultura mais viva, flexível e engajada. E mais: evita que os colaboradores se sintam engessados por burocracias desnecessárias.
Políticas são diretrizes institucionais, geralmente documentadas, que formalizam o que é permitido ou esperado em determinada situação, como política de benefícios ou home office.
Já as regras costumam ser mais operacionais, aplicadas no dia a dia: “usar crachá dentro da empresa”, “respeitar o horário de almoço”, “não gravar reuniões sem aviso”. São essenciais para garantir ordem, segurança e bom funcionamento.
Agora, os combinados são o ingrediente secreto da convivência saudável. Diferente das regras impostas, eles nascem da escuta e da construção coletiva.
São aqueles acordos que o time faz entre si: “vamos deixar as câmeras abertas nas reuniões?”, “vamos respeitar o tempo de fala de todo mundo?”, “ninguém agenda call às sextas depois das 16h?”. Esses combinados não estão no papel, mas fazem toda a diferença no clima.
Quando o RH estimula a criação de combinados, sem deixar de lado as políticas e regras formais, mostra que confia nas pessoas e no senso coletivo. E, como resultado, o ambiente se torna mais colaborativo, mais humano e muito mais conectado com os valores da empresa.