Síndrome de West: o que é, causas, sintomas e como tratar
Como a gente sabe, a chegada de um bebê é um momento incrível, mas também vem com muitos desafios e cuidados. Por isso, o acompanhamento médico desde cedo é essencial para garantir que tudo esteja indo bem e que condições, como a Síndrome de West, sejam evitadas.
A síndrome de West é um tipo de epilepsia rara que afeta bebês nos primeiros meses de vida, causando espasmos frequentes e impactando o desenvolvimento neurológico.
Essa síndrome, diferente da epilepsia comum, é caracterizada por espasmos infantis com atraso no desenvolvimento, podendo até fazer com que o bebê perca habilidades que já havia aprendido, como segurar a cabeça ou reagir a estímulos. Saiba mais sobre ela nesse texto, que terá como assuntos:
- O que é a síndrome de West?
- Quais são as causas dessa síndrome?
- Quais são os sintomas da síndrome de West?
- Como é feito o tratamento da síndrome?
O que é a síndrome de West?

A Síndrome de West é uma condição rara que pode afetar o desenvolvimento dos bebês, sendo mais comum em meninos. Ela causa crises epilépticas frequentes e costuma aparecer entre 2 e 12 meses de idade, exigindo atenção especial dos pais e responsáveis.
Muitas vezes, os primeiros sinais passam despercebidos, já que os espasmos podem ser confundidos com reflexos naturais dos recém-nascidos. No entanto, quando ocorrem repetidamente e com pausas curtas entre eles, é importante buscar avaliação médica.
Os espasmos costumam acontecer de forma súbita, fazendo com que o bebê dobre os bracinhos, flexione as pernas e mova a cabeça para frente. Por causa disso, essa condição pode estar relacionada a outras doenças neurológicas, como a Síndrome de Lennox-Gastaut, que também provoca crises epilépticas, mas de forma mais severa e persistente.
Quais são as causas dessa síndrome?
A Síndrome de West, também conhecida como síndrome dos espasmos infantis, pode ter diferentes origens, como:
- Lesões cerebrais causadas por complicações na gestação ou no parto;
- Falta de oxigenação no cérebro;
- Infecções que afetam o sistema nervoso central, como rubéola e sepse neonatal;
- Condições genéticas, como a esclerose tuberosa;
- Acidente Vascular Cerebral (AVC) nos primeiros anos de vida;
- Nascimento prematuro e alterações no metabolismo.
Quando há suspeita de síndrome de West, o acompanhamento médico é essencial para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes.
Quais são os sintomas da síndrome de West?
A Síndrome de West pode se manifestar de forma sutil no início, mas alguns sinais ajudam a identificar o problema. Eles são:

- Regressão do desenvolvimento ou atraso no aprendizado de habilidades motoras, como sentar e engatinhar;
- Retardo mental, que pode impactar o desenvolvimento cognitivo da criança;
- Possível associação com transtornos do espectro autista;
- Alterações bucais, como bruxismo (ranger dos dentes).
Como é feito o tratamento da síndrome?
Embora a síndrome de West não tenha cura, existem várias opções de tratamento para controlar os espasmos e melhorar a qualidade de vida da criança. O primeiro passo é identificar a causa por meio de exames como ressonância magnética, tomografia computadorizada e exame físico detalhado.
Com um diagnóstico preciso, o médico pode definir a melhor abordagem. Assim, os principais tratamentos incluem:
Medicamentos
Normalmente, são prescritos hormônios, corticosteroides ou anticonvulsivantes para ajudar no controle das crises e na estabilização do quadro.
Dieta cetogênica
Em alguns casos, quando os medicamentos não surtirem efeito, o médico pode recomendar essa dieta com baixa ingestão de carboidratos. Ela ajuda a regular o metabolismo da glicose e pode reduzir os episódios epilépticos.
Cirurgia
Se houver uma lesão cerebral específica causando os espasmos, a cirurgia pode ser uma opção para reduzir ou eliminar as crises.
O tratamento da síndrome exige acompanhamento contínuo, pois os espasmos infantis podem ser persistentes. Então, se necessário, outras opções terapêuticas podem ser testadas para garantir o melhor desenvolvimento da criança.
Lembre-se: quanto mais cedo o diagnóstico e o início do tratamento, maiores as chances de controle da doença!